Artigo compartilhado do BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 1 de maio de 2023
O futuro chega em 1, 2, web3.
A web3 expande conceitos como o metaverso, criptomoedas ou NFT (Non Fungible Tokens) e é a porta de entrada para um admirável mundo novo de desafios na atração e retenção de talento para as organizações. Stefan Grasmann para o Observador:
O trabalho como o conhecemos hoje está em rápida transformação e a web3 é um dos fatores que maiores mudanças vai operar em diferentes setores. São as empresas que mais rápido se adaptam que melhores resultados vão ter: afinal, quem quer ficar no passado quando o trabalho do futuro se escreve à sua frente?
Descrita como pelo pai da internet, Tim Berners-Lee, como a “web da semântica”, mais autónoma, aberta e inteligente, a web3 é a caixinha de pandora que expande conceitos como o metaverso, criptomoedas ou NFT (Non Fungible Tokens). Mas é também a porta de entrada para um admirável mundo novo de desafios na atração e retenção de talento para todas as organizações, sobretudo nas multinacionais cujas fronteiras físicas se esbatem cada vez mais por influência de novos modelos de trabalho.
Neste cenário, surgem diferentes oportunidades a explorar, tanto a nível da empresa como de cada profissional, contribuindo para que as empresas se tornem mais competitivas nesta procura pelos melhores especialistas – o que, em áreas com elevada escassez de talento como as TI, se revela essencial.
Naturalmente, vão surgir novos modelos de trabalho, possibilitados por ferramentas digitais e novas tecnologias – aliás, segundo o estudo Microsoft Work Trend Index de 2022, 51% da geração Z e 48% dos millenials já prevê fazer parte do seu trabalho no metaverso nos próximos dois anos. Se as organizações querem continuar a crescer, é imperativo encontrarem o seu caminho neste novo mundo. Por este motivo, é importante que os especialistas avaliem com atenção os diferentes cenários para o seu futuro, enquanto as empresas compreendem e definem o seu percurso para evoluir.
Uma das oportunidades de inovaçãpo está o desenvolvimento das Decentralized Autonomous Organizations (DAO), ou Organizações Autónomas Descentralizadas. Embora o nome desvende o âmago destas empresas, há diferenças ainda mais profundas relativamente às organizações tradicionais: enquanto estas se costumam organizar em torno de uma única entidade, as DAO tentam criar um ecossistema completo com diferentes stakeholders e alinhar os seus interesses com a sua economia de tokens. Formam uma “economia de stakeholders”, onde cada pessoa traz valor ao resultado final. Neste aspeto, o modelo DAO poderá ter melhores resultados do que os modelos de shareholders mais tradicionais, mas só o futuro dirá que modelo terá maior sucesso.
Ao mesmo tempo, é importante que os especialistas avaliem com atenção os diferentes cenários para o seu futuro, enquanto as empresas compreendem e definem o seu percurso para evoluir e acolher estas tendências e exigências. O valor das organizações estará na forma como acolhem e oferecem ao seu talento a oportunidade de fazer parte destas novas tecnologias, numa organização sólida onde podem criar o futuro todos os dias.
Ainda estamos no início desta transformação, mas é importante que as empresas se adaptem, testem e criem o seu próprio caminho. É fundamental continuar a apresentar ideias “frescas” e a inovar na forma como se trabalha. Como sabemos, existem riscos e desafios no estágio embrionário em que o modelo DAO está. Mas existem muitos aspetos positivos: podemos aprender muito com as DAO e com a forma como estas interagem com a sua comunidade, funcionando de forma muito diferente das empresas já existentes.
Acreditamos que diferentes modelos organizacionais vão aprender de forma interligada com o exemplo uns dos outros, convergindo num único por fim. As aprendizagens de ambos os lados serão, sem dúvida, uma grande ajuda para a nossa transformação no futuro. Os padrões tradicionais vão ser cada vez mais questionados na nova lógica de cooperação possibilitada pela web3 e marcada pela disrupção e novidade crescente.
Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi.blogspot.com
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